segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

De: Maria Petronilho

Para te amar qual flor
Para te amar qual flor
Que cresce na fenda da rocha
Feliz na sua penumbra...
Resguardada da inclemência
Acesa ao sol do meio-dia

Ternamente entreaberta,
Num rochedo de lonjura
Informada da procura
Ao perpassar tua asa
No ar extenso que me cerca
Ao longe ver tua vela
Que se ilumina de alvura
E eu flor na rocha presa
Conformada em ser cativa
Oculta na doce sombra!
Vendo-te, porém tão longe!
Na aba esquerda da ilha
Na saudade inusitada
De jamais ser encontrada
Mas sabendo-me perdida!

3 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Bom dia Amiga

Que poema maravilhoso.. Adorei!

Beijos, e uma excelente semana.

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Ana Bailune disse...

Adorei o poema...
Há flores assim, presas às rochas, mas as pétalas voam, cedo ou tarde...

Maria Rodrigues disse...

Não conhecia a poetisa, lindo poema, obrigado pela partilha.
Beijinhos
Maria