segunda-feira, 22 de junho de 2015

Fonte: Caras online(Angelia Jolie podia usufruir da vida numa boa na companhia do marido e dos filhos e no entanto preocupa-se com causas sociais.É linda por dentro e por fora.Admiro-a!

acompanhada pela filha Shiloh

A criança, de nove anos, acompanhou a última viagem da mãe enquanto enviada especial do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.

CARAS
21 Junho 2015, 11:35


Angeline Jolie está envolvida em muitos projetos solidários como enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e faz questão de transmitir esse exemplo aos filhos, especialmente a Shiloh, de nove anos. Por isso mesmo, a atriz, de 40 anos, levou a filha a visitar um campo de refugiados esta sexta-feira, 19 de junho, no Líbano.
Segundo a revista People, Shiloh passou algum tempo a conversar com Hala, uma menina de 9 anos que Jolie conheceu há um ano durante uma ação das Nações Unidas. “Shiloh é muito consciente sobre o valor que eu dou às famílias refugiadas e tem pedido para participar nas missões e conhecê-las há anos. Ela já tinha ouvido falar sobre a Hala desde a minha última visita ao Líbano e sempre quis conhecê-la”, contou.
“Foi maravilhoso o encontro, a diversão e a amizade dela e dos refugiados. Eu sempre ouvi dizer que a coisa mais dolorosa é que eles não perderam suas casas, mas sim os seus amigos. Ao deixar o local, Shiloh fez muitas perguntas. É claro que é difícil explicar todas as duras realidades da guerra e do deslocamento. Ela disse que se sentia triste, mas estava feliz de ter ido e que está ansiosa para voltar”, explicou.
Já este sábado, 20 de junho, dia em que se assinalou o Dia Mundial dos Refugiados, Angelina e Shiloh visitaram um campo de refugiados sírios na província de Mardin, no sudeste da Turquia, ao lado de António Guterres, do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. Os dois conheceram o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e conversaram sobre a crise da maior comunidade de refugiados do mundo. “Nós estamos aqui por uma simples razão: esta região é o epicentro de uma crise mundial. Cerca de 60 milhões de pessoas são deslocadas”, disse Angelina Jolie.


Um text muito impressionante sobre a vida e a morte

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Morrer é mais difícil do que parece - o texto de Paulo Varela Gomes

Tenho um cancro de grau IV. De cada vez que abro o teclado do computador na intenção de escrever, ocorre-me a frase, já mil vezes repetida, “Quando estiverem a ler estas linhas, é provável que o autor já não esteja vivo”.

São incontáveis os artigos, livros, documentários e filmes sobre pessoas que morrem de cancro. Nunca vi nenhum porque não aguento o stress mas ouvi dizer que alguns são eficientes e fazem os espectadores chorar muito. Não vou escrever aqui um artigo desse género, primeiro, porque não sou capaz, e em segundo lugar porque a história da minha doença e daquilo que tenho feito para lidar com ela tem algumas características muito peculiares que podem interessar a todo o género de pessoas que se preocupam com a vida e a morte e que pensaram com seriedade no tema deste número da Granta: “Falhar melhor”.

Tudo começou quando acordei uma manhã com um inchaço do tamanho de uma amêndoa no lado esquerdo do pescoço. Iludido por uma espécie de incredulidade optimista, pensei que se tratava do resultado de uma infecção nos dentes ou na garganta. Desenganou-me um médico especialista dessas áreas com quem fui falar alguns dias depois: “O senhor tem uma massa na garganta. É melhor ir ver isso rapidamente.” Estava muito grave e sossegado, ele. Percebi depois que nunca lhe tinha passado pela cabeça que alguém não soubesse o que quer dizer “massa” em termos orgânicos. Esta foi a única consulta médica a que a Patrícia, minha mulher e minha “curadoura”, não me acompanhou. Estava a ajudar a Rita a podar as videiras da Vinha Comprida. Quando lhe telefonei a transmitir a seca mensagem do médico, percebeu tudo e diz-me que ficou imenso tempo a olhar lá para o longe, para o pinhal sobre a várzea, com as lágrimas a correr-lhe pela cara.

Quarenta e oito horas depois fiz a obrigatória TAC cervical. Despi-me sem preocupações, coloquei aquela bata ridícula dos hospitais que faz qualquer pessoa parecer que sofre ininterruptamente dos intestinos, deitei-me na máquina. No fundo, esperava boas notícias: não tarda, iriam informar-me de que se tratava de uma chatice menor. Estivemos depois hora e meia debaixo da luz verde escura, crepuscular, da sala de espera. Quando o radiologista veio falar connosco, acabou nesse preciso instante a vida que levávamos juntos há mais de duas décadas. O radiologista tinha a expressão macambúzia de quem apresenta os pêsames a uma família enlutada: cancro na otofaringe com tumor na cadeia linfática cervical posterior e metástases no pulmão. Não operável. Tratamentos em doses muito altas de quimio e radioterapia para, daí a dois a quatro meses, deixar de poder comer ou respirar.

Decidimos que nunca me submeteria aos tratamentos da medicina oncológica, às suas armas: as clássicas (cirurgia), as químicas (drogas) e as nucleares (radioterapia). Estas armas destroem as defesas próprias do organismo e aceleram frequentemente a sua degradação. Já vi suficientes doentes de cancro entregues nas mãos da oncologia para tremer de horror ao pensar que poderia suceder-me o mesmo.

Quando voltámos para casa, não houve uma lágrima, um gesto de desespero, um queixume. Falámos muito pouco. As estradas por onde passávamos tantas vezes pareciam agora ter uma realidade inverosímil, como se fossem pinturas de paisagem antiga. Fazia calor e a luz era branca.

Durou vários dias seguidos, este silêncio emocional. As palavras que trocámos em casa foram reduzidas ao mínimo. Uma consulta com um médico do IPO confirmou tudo o que estava no relatório do radiologista. Mais tarde, algumas instituições com nomes que tilintam como lingotes de ouro vieram dizer-nos o mesmo: não havia nada que valesse a pena fazer.

Essas opiniões não nos importaram, porém. Numa estranha frieza, só quisemos saber o que faríamos para acabar com a minha vida quando essa altura chegasse. A Patrícia jurou que não me impediria de morrer, e até me ajudaria se fosse necessário. Como disse Plotia ao poeta em A Morte de Virgílio de Hermann Broch: “A morte fecha-se a quem está só, o conhecimento da morte apenas se desvenda à união de dois seres.”

Sucede que estes acontecimentos já me parecem um pouco perdidos no nevoeiro do tempo. Passaram mais de mil dias desde a tarde abafada de 23 de Maio de 2012, quando fiz a TAC, até à nebulosa e fresca tarde de Primavera em que estou aqui a escrever isto. Dois anos e onze meses.

Não sei se nesta evolução, que não tem cessado de nos surpreender e a quem nos conhece, podemos adivinhar a lenta condensação de um milagre. Sei que há muita gente a rezar por mim e é com alegria que agradeço a todos.

Mas sei também que tenho recorrido a muitas medidas práticas para evitar a sorte ditada pelos oncologistas.

A primeira foi fazer-me acompanhar, desde algumas semanas depois da TAC, por um médico homeopático (os médicos encartados não acham graça nenhuma a que se chame médico a um homeopata, mas tenham santa paciência). Sob sua orientação comecei por mudar radicalmente de regime alimentar. Em vez de comer produtos tóxicos como faz a maior parte das pessoas, passei a alimentar-se com produtos que ajudam o meu sistema imunitário e alguns que combatem o cancro activamente. Além disso, o médico foi prescrevendo suplementos alimentares e medicamentos homeopáticos.

Devo à homeopatia a qualidade dos mais de mil dias de vida que levo de vantagem sobre os médicos oncologistas. Duas ou três semanas depois de começar a terapia já começava a duvidar de alguma vez ter tido cancro. Imaginem: um canceroso em estado grave, que pouco tempo antes estava arrasado de cansaço e pessimismo, foi à praia! Confesso que tive medo de entrar na água, eu que vivi junto ao mar e mergulhei nas suas ondas vezes incontáveis. Só no segundo dia consegui decidir-me, e foi tão grande a felicidade experimentada no corpo que percebi que a Idade do Gelo em que tínhamos vivido desde o diagnóstico tinha dado lugar a uma Primavera, incerta e frágil, é verdade, cheia de dias de nuvens, mas tempo de viver e não de morrer.

As semanas correram e fomos passear a Toledo, a Burgos, a Viseu. Participei em conferências, orientei alunos, fiz todos os dias companhia à minha mulher e aos nossos seis cães, andei com a minha neta aos saltos sobre os charcos de água da chuva. As minhas análises foram durante muito tempo boas, e o meu aspecto muito diferente da maioria dos desgraçados que frequenta os campos de morte da oncologia. Além disso, como os leitores e leitoras saberão, escrevi e publiquei três romances, uma colectânea de colunas escritas para jornais, e finalizei mais um romance e um livro de contos.

Todavia, não houve um único dia em que não tenha pensado na morte. Nem um. Ao princípio não receei mas também não compreendi essa Senhora de Negro e, portanto, ofereci-lhe de bandeja as inúmeras oportunidades que, demoníaca, busca dentro de nós para nos fazer a vida num inferno ou para nos levar. É verdade que a vontade de viver teve desde sempre mais poder sobre mim do que a desistência perante a morte ou a ida ao seu encontro – já não estaria aqui se assim não fora. Mas vida e morte estão por vezes demasiado próximas e o conflito entre elas que tem lugar no meu espírito é muito antigo e muito complexo. Sou acompanhado por psicanalistas há muito tempo. Aquele com quem trabalho desde há alguns anos, e que é uma das peças-chave do puzzle da minha não-morte, recebeu como uma pancada a notícia do meu diagnóstico e, depois de uma breve conversa entrecortada de angústia e silêncio, lembro-me de lhe ter dito com um ar quase triunfante: “Nem sempre se pode ganhar, doutor…”

Quem é que estava a falar assim pela minha boca? Quem é que experimentava em mim essa estranha alegria raivosa que emergira quando soube que tinha um cancro e que este era incurável? Que força psíquica queria que eu morresse, que as pessoas tivessem misericórdia de mim, se recordassem, me admirassem? Que parte de mim, velha e zangada, se aproveitava assim deste meu narcisismo para me arrastar para a morte?

A vida é muito menos cheia de prosápia do que a morte. É uma espécie de maré pacífica, um grande e largo rio. Na vida é sempre manhã e está um tempo esplêndido. Ao contrário da morte, o amor, que é o outro nome da vida, não me deixa morrer às primeiras: obriga-me a pensar nas pessoas, nos animais e nas plantas de quem gosto e que vou abandonar. Quando a vida manda mais em mim do que a morte, amo os que me amam, e cresce de repente no meu coração a maré da vida. Cada lágrima que me escorre por vezes pela cara ao adormecer, cada aperto de angústia na garganta que sinto quando acordo de manhã e me lembro de que tenho cancro, cada assomo de tristeza que me obriga a sentar-me por vezes à beira do caminho quando vou passear com os cães e interrompe a oração ou a conversa com o céu que me embalava o espírito, cada um destes sinais provém do falhanço momentâneo do amor dos outros em amparar-me, e sobretudo do meu em permitir-lhes que me acompanhem.

Quando, pelo contrário, decorre um dia em que consigo escrever e gosto daquilo que escrevo, em que me curvo sobre os canteiros para cortar ervas daninhas, em que admiro amorosamente a energia da Patrícia sentada ao computador ou a trazer lenha para casa, quando isto sucede, o meu tempo já não é o Tempo Comum mas antes um longo domingo de Páscoa: sinto a presença amorosa de todos os que precisam de mim e d’Aquele de quem eu preciso.

O médico homeopata nunca me prometeu um milagre, e a minha saúde começou a piorar em Janeiro de 2014, cerca de um ano e meio depois do diagnóstico oncológico. Pouca coisa, ao princípio: algumas dores no pescoço, na cabeça e na garganta, mais cansaço, problemas intestinais. Pouco a pouco, desapareceram ou tornaram-se-me impossíveis, um por um, todos os prazeres físicos de cujo timbre e tom já quase me esqueci: o sexo, beber um copo de vinho tinto antes do jantar, fazer uma viagem com mais de duas ou três horas, o gosto da comida sólida a percorrer-me o interior da garganta com os seus variados sabores e texturas, uma corrida com os miúdos ou os cães.

Houve semanas piores, outras melhores, mas o tumor do meu pescoço foi crescendo, rebentou como um pequeno vulcão de pus, e ficou pouco a pouco com um aspecto tão abominável que deixei de aguentar ser eu a mudar o penso todas as manhãs. O terrível panorama estragava-me o dia e a melancólica e repugnante tarefa de cuidar do tumor ficou adstrita à Patrícia, que sabe fazer tudo e não tem nojo de nada. Mais tarde, alternando com ela, começaram a vir regularmente a minha casa as enfermeiras dos serviços continuados de saúde.

E, de repente, ia morrendo: uma grande hemorragia despertou-me a meio de uma noite de Julho de 2014, encharcado no sangue que brotava de uma veia que o tumor do meu pescoço pôs a descoberto e enfraqueceu. Desmaiei imediatamente e a Patrícia, não conseguindo ao princípio acordar-me, pensou que tudo estava acabado.

Ganhei depois, com lentidão e a custo, uma relativa saúde. Passei dias inteiros deitado. Depois, devagarinho, melhorei. Uma nova hemorragia, em Dezembro, embora não tenha atingido a violência da anterior, obrigou-me a considerar uma transfusão de sangue que fiz num hospital que estava, como quase todos nessa época, mergulhado num tal caos que passei um dia simultaneamente divertido e ofendido a observar a desordem que grassava à minha volta.

As duas perdas de sangue fizeram pender a balança para o lado da minha morte interior: regressei à melancolia com que me sentava à sua cabeceira conversando com ela nas duríssimas semanas do Verão de 2012 que se seguiram ao veredicto do cancro. Como é que vou morrer? Exactamente como?, perguntava-lhe.

Não me referia à chamada morte natural, que nunca me tinha ocorrido desde o primeiro dia da doença. Falava da morte infligida por mim próprio.

Entretanto, porém, o cristianismo, que estava quase esquecido desde o meu baptismo, irrompeu pela minha vida através da palavra de um Padre que é outra peça-chave do puzzle, mas desta vez, e ao invés do psicanalista, do puzzle do meu encontro feliz com a morte.

O suicídio é uma ofensa frontal à vontade de Deus que quer que a morte de cada cristão seja a sua disponibilidade para de se entregar à Cruz no momento em que Cristo quiser e da maneira que Ele decidir. Mas eu e a Patrícia tínhamos jurado que eu morrerei aqui, em minha casa, e que nada me fará embarcar no carnaval de luzes da ambulância para ir morrer a um hospital. Esse juramento mantém-se.

Tomámos esta decisão mal tínhamos saído do parque de estacionamento da clínica onde fiz a TAC e ouvi o diagnóstico. No meu espírito doente, a morte celebrava jubilosamente a vitória desse momento e era-me tão impossível controlar ou combater este sentimento como invocar a luz da esperança, encolhida num canto de mim como um miúdo paralisado de terror. Enquanto regressávamos a casa, eu pensava na dificuldade e nos riscos envolvidos no modo como morreu o meu irmão, pensava no salto de uma ponte, pensava na agonia do veneno, na ignorância sobre medicamentos letais, mas sobretudo no facto de que todos estes caminhos da morte ainda concedem ao suicida o tempo suficiente para se arrepender, precisamente aquilo que eu não queria na altura, mergulhado num tumulto mental que julgava mais voluntário e corajoso do que de facto era.

Experimentei por vezes os movimentos da dramatização da minha morte, uma espécie de novela sem invenção e sem vida cujo maior óbice era o de saber se, na altura definitiva, teria a certeza absoluta de não haver outra solução. Conseguiria deitar fora como se fossem trocos sem valor os restos de vida que continuam a cintilar dentro de mim? E se me enganasse? Se não fossem meros desperdícios? Se valessem mais do que a escuridão silenciosa do túmulo onde vou apodrecer?

Aquando da segunda hemorragia, cheguei-me muito próximo de encontrar uma resposta sem alternativa a estas questões. Depois de fechar os cães e de me despedir brevemente da Patrícia, sufocada de pavor e lágrimas, ajoelhada no chão sem conseguir olhar para mim, saí de casa transportando a arma e uma cadeira de plástico onde me sentar com a coronha da arma apoiada no solo. Quase não tinha forças e tremiam-me as pernas. A minha camisa estava empapada em sangue e, tendo passado a mão pela cara e os óculos, vi as árvores, os arbustos, a casa das ferramentas e do tractor, a encosta, a vinha, através de um nevoeiro vermelho. A decisão com que, apesar da fraqueza física, andei sem hesitar algumas dezenas de passos, surpreendeu-me a mim mesmo. Pronto, ia morrer. Aspirei o cheiro intenso, quase ridente, de uma hortelã-pimenta que nascera ao pé do pinheiro grande sem que, até então, alguém tivesse dado por ela. Coloquei a cadeira junto a uns troncos cortados, sentei-me e, já com os canos da arma na boca, o dedo aflorou o gatilho. Senti o metal como uma coisa sem qualidade, cálida, mortiça, dócil. Tudo me pareceu vagamente ridículo, o meu gesto, os objectos de que me rodeara. Veio até mim mais uma vez o cheiro da hortelã. Ergui os olhos que tinha fixados na guarda do gatilho e vi um pinhal que o sol, através de uma abertura nas nuvens, isolava, dourado, do verde-escuro da encosta. Ocorreu-me de repente uma vaga de alegria inexplicável, como se fosse um sinal da presença de Deus à semelhança daqueles que os textos sagrados referem por vezes. Cheguei à mais simples conclusão do mundo: estava vivo e, enquanto assim estivesse, não estava morto. Fiquei verdadeiramente contente, a vida a fervilhar em todas as veias, mesmo as estragadas. Pousei a arma no chão e regressei a casa. Não olhei para trás, para a cadeira branca e a arma, que ficaram ali completamente indiferentes à minha sorte. Ao abrir a porta, a Patrícia, sem conseguir dominar a torrente de lágrimas que lhe corria pelo rosto, caiu-me nos braços. Ficámos muito tempo agarrados um ao outro, quase imóveis, como se fôssemos o tronco de uma grande árvore.

Não há muito mais a contar. A saúde vai piorando pé ante pé.

Deixei para trás a ideia de suicídio por uma razão muito simples que levou demasiado tempo a descobrir. Ei-la nas palavras que Mateus atribui a Cristo (Mt 10, 39), palavras que iluminaram como um relâmpago – e finalmente resolveram no meu coração – a maneira hesitante como lidei com o sofrimento nestes mais de mil dias:

“Aquele que conservar a vida para si, há-de perdê-la; aquele que perder a sua vida por causa de mim, há-de salvá-la”.

S. Domingos, Podentes, 10 de Abril de 2015
Paulo Varela Gomes,
revista GRANTA - n.º5

 
 

Enquanto o povo empobreceu, o capital fez florir em Lisboa e não só muitos hotéis para a classe média alta e turistas com poder económico

é o caso do Hotel Valverde em Lisboa - Av. da Liberdade, 164

abriu em Setembro de 2014 e a revista VOGUE francesa considera-o um dos mais
belos hotéis para férias em 2015.

Sinta-se como uma celebridade com o serviço de topo de Valverde Hotel
Localizado mesmo no centro da requintada Avenida da Liberdade, em Lisboa, o Valverde boutique hotel, de 5 estrelas, disponibiliza um pátio com uma pequena piscina e acesso Wi-Fi gratuito.
Os tranquilos quartos apresentam paredes em cores fortes que contrastam com os tecidos de cores claras. Todos incluem mobiliário sofisticado e funcional, bem como objectos dos anos 50. Todas as casas de banho privativas dispõem de um roupão de banho e de chinelos.
No local, o Restaurante Sitio Valverde serve um menu diário inspirado na cozinha tradicional portuguesa. Além disso, os hóspedes poderão desfrutar de um chá da tarde ou de um cocktail no ambiente íntimo do Pátio. A piscina exterior dispõe de jactos e água aquecida, além de música de fundo cuidadosamente seleccionada por um DJ ou música ao vivo.
A recepção está aberta 24 horas por dia e poderá organizar todos os passeios e visitas necessárias na cidade e em outros locais. Os serviços de transporte, aluguer de carros e compra de bilhetes para espectáculos ou teatros também estão disponíveis.
A Praça do Rossio e o Teatro Nacional D. Maria II ficam a 10 minutos a pé. O Aeroporto Internacional de Lisboa encontra-se a 8,2 km.
 
 
 
 
Fico à espera de ganhar o euromilhões para me imaginar a usufruir de algo
parecido, porque com a m/triste reforma é impensável!

sábado, 20 de junho de 2015

QUANDO ESCREVO...ÂNGELO GOMES

QUANDO ESCREVO…
Se cantar é ser a voz do coração
E chorar o hino aberto ao desencanto
Não há palavras que calem qualquer pranto
Ao escrever estou-te a dar a minha mão
Ao escrever no silêncio quero ouvir
Quero que me dites com alma e destemor
Se expressas a raiva, o ódio ou o amor
Para que a minha mão retrate o teu sentir
Quando escrevo sai de mim parte de ti
Pedaços fechados que por medo nunca abri
E te entrego na cumplicidade do segredo
Quando escrevo são meus olhos tua alma
Frases que vagueiam na planície calma
Que tentam desvendar o meu degredo
ÂNGELO GOMES – 7/5/2012
 

Retirado,com autorizaçao, da página de Facebook de Natália Correia Nuno.Bjs.

Poema de Sebastião da Gama com mais de meio século de existência e tão actual
Meu país desgraçado...
E no entanto há Sol a cada canto
e nã...o há Mar tão lindo noutro lado. ...
Nem há Céu mais alegre do que o nosso,
nem pássaros, nem águas ...
Meu país desgraçado!...
Por que fatal engano?
Que malévolos crimes
teus direitos de berço violaram?
Meu Povo
de cabeça pendida, mãos caídas,
de olhos sem fé
— busca, dentro de ti, fora de ti, aonde
a causa da miséria se te esconde.
E em nome dos direitos
que te deram a terra, o Sol, o Mar,
fere-a sem dó
com o lume do teu antigo olhar.
Alevanta-te, Povo!
Ah!, visses tu, nos olhos das mulheres,
a calada censura
que te reclama filhos mais robustos!
Povo anêmico e triste,
meu Pedro Sem sem forças, sem haveres!
— olha a censura muda das mulheres!
Vai-te de novo ao Mar!
Reganha tuas barcas, tuas forças
e o direito de amar e fecundar
as que só por Amor te não desprezam!

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Fonte: Caras online(images: Getty Images

O rei espanhol subiu ao trono a 19 de junho de 2014.

CARAS
19 Junho 2015, 10:20
Passou precisamente um ano desde que o rei Felipe VI sucedeu ao pai, o rei Juan Carlos, no trono de Espanha. Durante este tempo, o soberano contou com o apoio incondicional da mulher, Letizia, que tem estado a seu lado em grande parte dos atos oficiais.
Veja a seleção de imagens que preparámos para si para assinalar este primeiro aniversário de reinado de Felipe VI de Espanha.

terça-feira, 16 de junho de 2015

da página da amiga Gena Resende do Facebook

Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.
Vê como as partículas do ar...
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.

Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.
Ninguém fala para si mesmo em voz alta.
Já que todos somos um,
falemos desse outro modo.
Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.
Vem, se te interessas, posso mostrar-te.
Jalaluddin Rumi

domingo, 14 de junho de 2015

Fonte: Observador

18 de Junho de 1815. Em Waterloo, a sul de Bruxelas, Wellington enfrenta por fim Napoleão. E depois de horas de feroz e indeciso combate, a chegada dos prussianos decide a batalha a favor dos aliados.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

E a TAP está a deixar de ser portuguesa.Fixe o dia de hoje

A privatização da TAP foi decidida hoje no Conselho de Ministros, cuja reunião ainda não terminou. Ganhou o candidato David Neeleman que participou na corrida à compra da companhia num consórcio com a Barraqueiro.
O projecto do novo dono, a disponibilidade para investir e os projectos de capitalização da empresa foram determinantes para a decisão e que o processo seja levado a bom porto. O Económico apurou que a proposta financeira da Gateway, de David Neeleman, terá sido a mais vantajosa, ficando à frente da proposta da SAGEF, do grupo Synergy e Germán Efromovich.
Os candidatos à privatização da companhia área portuguesa, Germán Efromovich e David Neeleman, entregaram na passada sexta-feira as suas propostas finais. Ambos os candidatos melhoraram as suas ofertas a nível financeiro e nos aspectos técnicos.
O ministro da Economia, embora admitindo que David Neeleman, detentor da Azul, e Germán Efromovich, da Avianca, "responderam ao apelo", não quis comentar as propostas.
Dias antes, Pires de Lima tinha alertado os dois candidatos que passaram à última fase para darem "corda aos sapatos e melhorem as suas propostas". Alerta que reiterou posteriormente ao afirmar ser muito importante que as propostas vinculativas fossem melhoradas, naquilo que considerou como um "aviso de amigo".
Nas propostas iniciais, Efromovich oferecia 35 milhões de euros pela TAP e promovia uma capitalização de 350 milhões de euros em dinheiro e espécie - 250 milhões de euros em dinheiro e 100 milhões em aviões (38 novos e outros 12 já previstos pela companhia).
No plano estratégico que apresentou destaca-se o desenvolvimento das relações da TAP com a América Latina e do Sul e Estados Unidos. E a rentabilização do aeroporto de Beja como centro logístico de carga do grupo, com sinergias com o porto de Sines, transformando aquela infra estrutura num hub de carga do grupo (TAP e Avianca) para a Europa. Efromovich promete ainda a distribuição de dividendos (entre 10% a 20%) pelos trabalhadores.
Já David Neeleman, que participa no consórcio com a Barraqueiro liderada por Humberto Pedrosa, já se tinha comprometido a comprar 53 novos aviões para a TAP e investir 350 milhões de euros caso vença o processo de privatização da companhia. O dono da Azul prevê ainda o reforço das ligações dentro do Brasil - para alimentar os voos transatlânticos - e mais voos de Lisboa para outros destinos dos Estados Unidos, bem como a partilha de 10% dos dividendos com os trabalhadores.
O Governo quer fechar a venda dos 66% da TAP até ao final do mês. O novo investidor de referência assumirá 61% da empresa e os trabalhadores os restantes 5%. Só quando este novo investidor entrar na companhia é que se iniciam os períodos de renegociação dos prazos da dívida.
fonte Económico online
 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

SIGA A MARCHA! do meu amigo Carlos Fragata


Lisboa já não dorme a noite inteira,
Sai à rua marchando entusiasmada,
Vaidosa, bailarina e cantadeira,...
Dá luz à Avenida engalanada!

Os santinhos a guardam e protegem,
Nesta noite que é sua e não termina,
É p’la farra e folia que se regem
As ruas desta Baixa Pombalina.
Há sardinhas assadas nas vielas,
Bailaricos à porta e alegria,
Craveiros nos canteiros das janelas,
Namoricos e festa até ser dia!
Há que rir e brincar, que o tempo voa,
Há que deixar aberto o coração,
Deixar o Tejo bailar com Lisboa,
Marchar, cantar, cumprir a tradição!
Carlos Fragata
 

terça-feira, 9 de junho de 2015

domingo, 7 de junho de 2015

Fonte: Notícias ao Minuto

O palácio real britânico publicou, ao início da noite deste sábado, aquela que é a primeira imagem oficial do príncipe George e da princesa Charlotte.
Na imagem partilhada no Twitter do Palácio de Kesington vê-se o pequeno príncipe a olhar enternecido para a pequena irmã, que tem ao seu colo.
A fotografia já conta com mais de 10 mil retweets em apenas meia hora. Uma hora depois foram partilhadas mais três imagens dos dois pequenos príncipes.
A princesa Charlotte nasceu no passado dia 2 de maio no hospital St. Mary, em Londres. George, o filho mais velho de Kate Middleton e William, celebra o segundo aniversário no próximo dia 22 de julho.







sábado, 6 de junho de 2015

Um filme que fui ver hoje no Fórum de Almada e gostei bastante

Sessenta anos após ter fugido de Viena durante a Segunda Guerra Mundial, Maria Altmann (Helen Mirren), uma octagenária judia, tenta recuperar os bens da família apreendidos pelos nazis, entre eles o famoso Retrato de Adele Bloch-Bauer I, por Gustav Klimt.
Juntamente com Randy Schoenberg (Ryan Reynolds), um inexperiente, mas corajoso advogado, Maria Altmann inicia uma batalha que os leva a confrontar o estado austríaco e o Supremo Tribunal dos Estados Unidos, e que a obriga, ao longo do processo, a confrontar-se com verdades difíceis sobre o passado.
Realização Simon Curtis

quarta-feira, 3 de junho de 2015

terça-feira, 2 de junho de 2015

O Clube Bilderberg é um Clube Fechado para altas personalidades do mundo da política e da Finança.
Francisco Pinto Balsemão, "parece" que cedeu o
seu lugar a Durão Barroso, segundo Marcelo Rebelo
de Sousa na TVI no passado domingo.